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Início ›Inauguração da Casa do Jongo na Serrinha
por Gabriela Moscardini e Matheus Bibiano
19/01/2016
“Bendito louvado seja (é o rosário de Maria).
Louvado seja (é o rosário de Maria).
Jongueiro, bendito louvado seja (é o rosário de Maria).
Ô Louvado seja (é o rosário de Maria)."
No número 101, da rua Compositor Silas de Oliveira, agora mora a Casa do Jongo. No pé do Morro da Serrinha, em Madureira, Zona Norte do Rio de Janeiro, a nova sede do Grupo Cultural Jongo da Serrinha inaugurou suas atividades com um dia inteiro de festejos. Na manhã do domingo, dia 29 de novembro, a inauguração da casa começou com um cortejo de lavagem que contou com a participação de Escola de Samba, como os convidados da bateria da G.R.E.S. Império Serrano, porta bandeira e mestre sala, a Velha Guarda, e a Escola Mirim Império do Futuro, assim como de blocos convidados, como Cordão do Boitatá, Rio Maracatu e Bangalafumenga. No fim do cortejo, a Casa do Jongo foi oficialmente inaugurada, após a cerimônia, que contou com a presença do prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e da mestre jongueira Tia Maria.
A Casa do Jongo é o novo espaço cultural de Madureira e pretende articular manisfestações artísticas e se tornar um centro de cultura e educação na região. A casa, que hoje abriga a memória do Jongo da Serrinha, antes era o antigo espaço da CAPEMI. A casa foi cedida pela Prefeitura do Rio no ano de 2013 e foi projetada e reformada em parceria com a Empresa RUA Arquitetos. Além da Casa do Jongo ser uma referência do patrimônio cultural imaterial brasileiro na cidade do Rio de Janeiro, pretende se articular localmente com duas escolas e duas creches públicas da Serrinha nas atividades desenvolvidas pela Escola de Jongo.
As comunidades de Pinheiral, Miracema, São José dos Campos, Quilombo Santa Rita do Bracuí, Guaratinguetá, Piquete e Barra do Piraí estiveram presentes na celebração da mais nova conquista do Jongo da Serrinha. O encontro e o momento de confraternização entre as comunidades tornou o clima de festa ainda mais marcante para todos os presentes. Afinal, como afirmam as lideranças jongueiras que se articulam no Pontão de Cultura do Jongo/Caxambu, a conquista de uma comunidade é a conquista de todas as comunidades porque contribui para os processos de salvaguarda do Jongo no Sudeste, para a afirmação da identidade negra das comunidades jongueiras, e para a valorização da contribuição das culturas negras em nossa sociedade.