Caxambu de Pádua

“Eu vou-me embora
O meu nome fica aqui,
Ô gente, fica com Deus,
Vocês cuidam dele aí.”

(Seu Orozimbo e Nico Thomaz)

Caxambu de Pádua

Em Santo Antônio de Pádua, o Jongo é conhecido como Caxambu, devido ao tambor de mesmo nome. O nome do grupo, Caxambu Sebastiana II, é uma homenagem a Dona Sebastiana II,que dedicou seu século de vida à manutenção do Caxambu na cidade. A influência desta grande mestra na vida de pelo menos duas gerações é percebida pela memória das reuniões do grupo em frente à casa de Dª Sebastiana, de onde saía um cortejo com a imagem de São Benedito, que era levada até o Cruzeiro às margens do Rio Pomba, onde o Caxambu era dançado noite adentro.

Dona Sebastiana herdou a tradição do Caxambu de seus padrinhos, Tia Joana e Seu Clementino, recebeu os instrumentos por eles confeccionados ainda no final do século XIX. Estes tambores são até hoje utilizados pelo grupo, que os batizaram com o nome de seus antigos donos: o tambú chamase Joana, e o candongueiro, Clementino. A eles junta-se o Cuicão, enorme cuíca construída a partir de um tonel de vinho encourado com couro de cabeça de boi, tendo ao centro do couro um bastão de madeira (cabo de vassoura) que, friccionado com pano úmido, produz ronco profundo. Este instrumento foi confeccionado pelo Sr. Gavino, de Monte Alegre, distrito de S.A. de Pádua, em 1975.

Atualmente o Caxambu é também dançado nas festas juninas e nas comemorações da cidade e da região.

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