O Tambor

“Chama sinhá candongueiro chama sinhá
Chama sinhá candongueiro chama sinhá

Pode me Chamar que eu vou”
(Cristina  Eledá/ Jongo Barra do Piraí)

“Bate tambor grande, repinica candogueiro...”

Os tambores são peças fundamentais na roda de jongo, pois são eles os responsáveis pela harmonia rítmica de cada comunidade. São fabricados, na maioria das comunidades, ainda de modo artesanal, carregam em si um grande significado de vínculo com os ancestrais. Antigamente, eram feitos com troncos de árvores escavados, cobertos por couro de animal. Ao longo do tempo, novas formas e materiais foram utilizados para a construção de tambores, como as barricas de vinho que também passavam pelo mesmo processo de serem cobertas por couros de animais, fixados por pregos ou amarrações em cordas.

Cada tambor é considerado como um integrante e membro da roda de jongo, por representar a ligação entre os praticantes e sua ancestralidade jongueira. O tambor grande, denominado de tambu ou caxambu, faz par com o tambor de dimensão menor, o candogueiro. Em algumas comunidades, há ainda a presença da puíta, tambor de fricção, assemelhado a uma grande cuíca.

Na prática do jongo, com o toque dos tambores já iniciado, forma-se uma roda de dançarinos que cantam em coro, em resposta ao solo de um jongueiro.

Adaptação do texto de Alessandra Ribeiro, 2011 - Comunidade Dito Ribeiro/ SP