Eixos de Ação: Difusão/Divulgação

Elaboração e Distribuição do material didático

Coletânea O Jongo na Escola

A Coletânea O Jongo na Escola é composta por nove DVDs relacionados à temática do Jongo/Caxambu e ao ensino da História da África e dos afro-brasileiros em seus mais diferentes aspectos (relações de gênero, relações étnico-raciais, cultura popular, acesso à escolaridade, intergeracionalidade, patrimônio imaterial, memória e história oral) como disposto na Lei Federal 11.645/2008.

Os vídeos são acompanhados por dez artigos elaborados por parceiros e/ou pelos autores dos vídeos-documentários, grande parte, estudantes universitários e professores pesquisadores da UFF.

Neste processo, também os jovens das localidades da Serrinha (Madureira), de Barra do Piraí e do Quilombo Santa Rita do Bracuí (Angra dos Reis), todas no Estado do Rio de Janeiro, participaram na co-autoria das sugestões das atividades didáticas.

Encartado ao final do material, o livro intitulado “Pelos Caminhos do Jongo/Caxambu – História, Memória e Patrimônio”, organizado pelo Laboratório de História Oral e Imagem (LABHOI-UFF) como resultado da oficina de mesmo nome promovida no eixo Capacitação/Qualificação, em 2008.

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Coletânea "O Jongo na Escola"

Seminários “Educação, Cultura e Patrimônio: a Diversidade na Escola”

O desejo de que as escolas, em particular, aquelas próximas a comunidades e grupos de Jongo/Caxambu, abrissem suas portas aos jongueiros e jongueiras, orientou a proposta de realização do “Seminário Educação, Cultura e Patrimônio: A Diversidade na Escola”.

Realizados em parceria com as secretarias de educação e cultura dos municípios de tradição jongueira, as comunidades e a equipe do Pontão de Cultura do Jongo/Caxambu, a organização do seminário cabe às lideranças e grupos de jongo junto às secretarias, com o apoio institucional do Pontão.

Como forma de sensibilizar professores e docentes para aspectos pertinentes da inclusão da História da África e da contribuição dos afrodescendentes na sociedade, sugere-se a todas as secretarias a reprodução para os participantes do seminário das "Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana", publicada pelo Conselho Nacional de Educação (2004).

A equipe de palestrantes, o material áudio-visual para as atividades, os certificados de participação, e a doação de um exemplar da Coletânea O Jongo na Escola para cada uma das escolas municipais da região, ficam sob responsabilidade do Pontão de Cultura e das comunidades jongueiras.

A participação das secretarias inclui o local de realização, confecção e distribuição dos convites aos professores e outros representantes locais; equipamento de projeção; equipamento de som e o fornecimento do lanche oferecido aos participantes do evento.

Até o momento, foram disponibilizados, aproximadamente, 800 exemplares da Coletânea nos municípios de tradição jongueira. Estima-se que 650 escolas já tenham recebido a Coletânea durante os 15 seminários realizados no período entre os anos de 2008-2012.

“Só podemos falar do que conhecemos. Conhecer a história do povo negro implementar espaços de diálogo e reflexão. Importante é articular a teoria à pratica. O envolvimento traz a livre expressão a elevada auta- estima: a integração com a comunidade. O indivíduo é um ser integral. Ao fazer parte de um grupo somos mais respeitados e aceitos por nós mesmos.Escola e cultura trazem novas perspectivas. O contato com a história traz compreensão. É preciso diversificar a dinâmica na sala de aula”. (Professora do 1º segmento do Ensino Fundamental-Educação Especial, Piquete, 2009)

Mesa de Abertura: (Esq p/ Direita) Mônica Sacramento (Coordenação Executiva do Pontão de Cultura do Jongo/Caxambu); Elaine Monteiro (Coordenação Geral do Pontão de Cultura do Jongo/Caxambu); Gilberto Augusto (Liderança do Grupo Jongo de Piquete) e Rebecca Guidi (Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular-Iphan)
Local: Câmara Municipal de Piquete
17/12/2009

“Observei que os ritmos e os passos do Jongo são ordenados e simétricos. Cheguei a viajar vendo as danças e ritmos e me imaginei em sala falando sobre curvas, retas, ângulos usando o jongo. Trabalhos assim, já são feitos com a capoeira, mas o Jongo ainda nos é desconhecido. Minha pergunta é? Um jongueiro poderia nos ajudar a traçar os passos da dança para trabalhá-los em geometria? (Professor de Matemática, Miracema, 2010)

Paulo Rogério da Silva (Coordenador do Pontão de Cultura do Jongo/Caxambu e Liderança do grupo Caxambu de Miracema)

Atividade Coordenada pelo grupo com Dna Aparecida Ratinho (Mestre Jongueira, Miracema/RJ).
Local: Centro Cultural Melchíades Cardoso
11/05/2010

“Acho importante que sejam realizadas com o mesmo empenho, oficinas e atividades de sensibilização para os professores vivenciarem situações de autopercepção do outro. Não basta apenas a reflexão teórica. Essa discussão me levou a refletir sobre a possibilidade de reunir os registros, de forma organizada, das experiências das escolas para socialização e visibilidade das mesmas”. (Professora da Educação Básica, Angra dos Reis, 2010)

Entrega dos exemplares aos professores pelo Grupo de jongo do Quilombo Santa Rita do Bracuí
Dia 11/02/2010

Seminário em São José dos Campos – Dia 17/04/2012
Local: Secretaria Municipal de Educação de São José dos Campos

Seminário Lei 10.639/2003: diálogos e movimentos de educadores, educadoras e comunidades jongueiras pela valorização da História e da Cultura Afro-Brasileira nas escolas

Brasil é o primeiro e único país da diáspora negra que obriga, em escala federal, o ensino da história e cultura negra. A lei 10.639 está em vigor desde 2003, porém, depois de pouco mais de dez anos de implantação, discutir a obrigatoriedade e a prática do ensino regulamentado pela lei ainda é uma necessidade. Segundo pesquisa realizada em 2009 pelo INEP/MEC, no estado do Rio de Janeiro, apenas metade das escolas sondadas aplicam de forma sistemática e abrangente o conteúdo disposto pela lei. A situação hoje não é muito diferente. Num país com população composta por 54,74% de negros (Fonte: Censo IBGE 2010), a introdução dessa temática enfrenta problemas que vão desde a formação dos professores até o preconceito dos alunos em aprender sobre cultura negra. Pensando nessa problemática, o Pontão de Cultura do Jongo/Caxambu, em parceria com a Rede de Jovens Lideranças Jongueiras, realizou, no dia 17 de outubro, o Seminário Lei 10.639/2003: diálogos e movimentos de educadores, educadoras e comunidades jongueiras pela valorização da História e da Cultura Afro-Brasileira nas escolas.
O objetivo do Seminário Lei 10.639/2003 foi trazer o debate experiências de implementação da lei, do acesso de jovens negras e negros ao ensino superior, e o papel das instituições de ensino nessas discussões. Ao longo do seminário, as falas dos palestrantes deram força à luta do ensino da história e cultura afro-brasileira e contemplaram o auditório com exemplos práticos de ações pautadas pela lei nas escolas, tanto por parte de educadoras e educadores quanto por parte de comunidades de Jongo/Caxambu.

José Barbosa da Silva, representante do Programa de Educação sobre o Negro na Sociedade Brasileira, o PENESB. José Barbosa coordenou a primeira mesa do Seminário Lei 10.639, realizado no Campus de Engenharia Industrial Metalúrgica da UFF em Volta Redonda, RJ. Sérgio Alves Zacarias, militante do Movimento Negro de Volta Redonda, João Alípio e Maria Clara Martins, do Coletivo Cultura Negra na Escola, e Lúcio Sanfilippo, professor de educação física e cantor.

Luciana Adriano e Fabiana, jongueiras do Quilombo do Bracuí, em Angra dos Reis, também participaram e contribuíram com suas experiências. Para elas, não basta introduzir de qualquer maneira o ensino da cultura negra nas escolas, é necessário adequar o conteúdo à realidade dos alunos e discutir criticamente o que isso representa na vida deles. O que está sendo aplicado e dando muito certo no Quilombo Santa Rita do Bracuí, em Angra dos Reis, onde as duas educadoras trabalham e vivem, é trabalhar com a escola a história do próprio quilombo e também do Jongo, muito praticado na comunidade.

Para falar sobre a prática da lei nas escolas pensando nos diálogos e movimentos das comunidades jongueiras, os representantes Maria de Fátima, a Fatinha, do Jongo de Pinheiral e do Centro de Referência de Estudo Afro do Sul Fulminense (CREASF), Maria Luiza Marmello, da Associação Cultural Jongo da Serrinha, do Rio de Janeiro, Alessandra Ribeiro, da Comunidade Jongo Dito Ribeiro, de Campinas, SP, e Márcia Cunha e Laudení de Souza, do Jongo Mistura da Raça, de São José dos Campos, SP, foram convidados a falar. Na mesa coordenada por Mônica Sacramento, representante do PENESB, convidados e convidadas trouxeram suas experiências.

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Realização do Evento Noite do Jongo

Noite do Jongo 1ª Edição – Mestres Jongueiros

A primeira edição do evento “A Noite do Jongo”, teve origem no desejo de Eva Lúcia e Cosme Aurélio (Grupo Sementes d’África- Barra do Piraí/RJ) em homenagear os mestres de sua comunidade que, em razão da idade avançada e de questões de saúde, mantinham-se afastados do jongo.

A proposta foi encaminhada ao Coletivo Jongueiro, durante a 2ª Reunião de Articulação que, rapidamente, encampou a proposta. Decidiu-se, com isso, realizar a 3ª Reunião de Articulação, em Barra do Piraí (02 e 03 de Agosto de 2008) e, também, a Noite do Jongo, com uma bela homenagem feita aos Mestres e Mestras, organizada na Praça Nilo Peçanha, no centro de Barra do Piraí.

O Iphan se prontificou a viabilizar a ida de 52 Mestres Jongueiros para a grande homenagem que teve início com uma grande roda, só de tambores e pontos. Ao final da Roda dos Mestres, foram entregues certificados emitidos pelo Pontão de Cultura do Jongo/Caxambu – UFF e pelo IPHAN.

O evento contou, ainda, com rodas de jongo dos grupos do Sul Fluminense (Barra do Piraí, Pinheiral e Quilombo São José) e da Serrinha.

Convite do Evento

Mestres na foto: Claudionor de Jesus, Seu Nonô (Santo Antônio de Pádua/RJ)
Clara Olinda Drumond, Dna Clara (Santo Antônio de Pádua/RJ)

Apresentação Quilombo São José – Valença/RJ

Apresentação Grupo Cultural Jongo da Serrinha – Madureira/RJ

Noite do Jongo 2ª Edição – Jovens Jongueiros

Na edição de 2010 (22, 23 e 24 de outubro), o Pontão de Cultura do Jongo/Caxambu realizou, na cidade de Vassouras-RJ, a segunda edição do evento que priorizou a participação dos jovens das 16 comunidades jongueiras da região sudeste. O evento contou com o apoio da Superintendência do IPHAN - RJ e do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP- IPHAN).

O evento teve a participação de 95 jovens, 32 lideranças jongueiras (02 de cada comunidade integrante do Pontão), além dos parceiros institucionais, de professores e estudantes da Universidade Federal Fluminense, de representantes de outros Pontões de Bem Registrado (Samba de Roda) e Pontos de Cultura da região.

A programação da “Noite do Jongo” incluiu palestras com jovens representantes do Movimento Negro, oficinas (Circo, Percussão, Hip Hop e Samba de Roda), além de uma grande roda de jongo na Praça Barão do Campo Belo (Centro de Vassouras) e uma plenária dos jovens jongueiros.

Abertura da Noite do Jongo
Antigo Fórum Romeiro Neto

Mesa Redonda: Juventude Negra: demandas contemporâneas

Palestrantes: (Esq para direita) Allyne Andrade e Silva (Associação de Mulheres Negras Aqualtune), Janaína Oliveira—Re.Fem (Movimento Enraizados/ Ong Estimativa) e Alessandra Ribeiro (Comunidade Jongo Dito Ribeiro)
Mediação: Andrieve Martins (Bolsista do Curso de Serviço Social/UFF e do Pontão de Cultura Jongo/ Caxambu)

Oficina de Samba de Roda

Associação de Sambadores e Sambadeiras do Estado da Bahia—ASSEBA
Oficineiros: Alva Célia Medeiros , Joselita Moreira da Cruz Silva, Olivia Roberta Lima da Silva, Rogaciano Augusto de Carvalho, Edivaldo José Ferreira Santos, Ednaldo de Jesus Rocha e Ailton Raimundo Martins